Na sequência de várias declarações públicas divulgadas pela Junta de Freguesia de Cambeses
ao longo dos últimos meses que diminuem a imagem do Partido Socialista, e que
culminaram com os acontecimentos ocorridos no cemitério de Cambeses no passado dia 15
de Outubro, vem a Secção do Partido Socialista de Cambeses publicar o presente comunicado.
A Junta de Freguesia de Cambeses tem usado todos os meios ao seu dispor, nomeadamente
o site oficial que administra - cedido gratuitamente pela Câmara Municipal de Barcelos
para a prestação de informações e serviços à população - para publicar comentários de teor
político sempre denegrindo a imagem do Partido Socialista, como se não estivesse a gerir a
freguesia mas antes a fazer oposição ao PS.
O Partido Socialista é um partido que se rege por um conjunto de princípios onde se identifica
uma grande parte da população de Cambeses, e num momento em que, não sendo eleitoral
nem de campanha, não se revê nesta forma de actuar nem pode aceitar as acusações
infundadas e deturpadas que a Junta de Freguesia PSD tem vindo divulgar, tais como:
(1) No dia 27 de Dezembro de 2010, foi publicado no DR nº 249 - II Série, um Relatório do
Tribunal Constitucional em que condena ao pagamento de uma coima, de 2130 euros,
Domingos Araújo, mandatário financeiro da lista PPD/PSD candidata à assembleia de freguesia
de Cambeses, nas eleições intercalares realizadas em 28 de Setembro de 2008, por
não ter apresentado dentro do prazo legalmente exigido as contas da respectiva campanha
eleitoral.
A Junta de Freguesia, no seu site oficial, vem no dia 3 de Janeiro de 2011 publicar que
foram condenados ao pagamento de coimas tanto o PPD/PSD como o PS.
De facto foram condenados vários partidos e movimentos políticos em todo o país, mas em
Cambeses, que é a nossa terra, apenas o PSD foi condenado, e a Junta de Freguesia ao
publicar que foi também o PS, sem fazer esta ressalva, está a deturpar os factos, condenando
injustamente o PS local, quando este, em Cambeses, cumpriu a lei, ao contrário do PSD.
(2) No dia 28 de Fevereiro de 2011, em sequência das votações resultantes da Assembleia
de Freguesia de 26 de Fevereiro, a Junta de Freguesia vem publicar que ”O PS votou contra
todas as propostas” como se isso fosse mais importante que a aprovação das mesmas por
parte do PSD.
As propostas da Junta de Freguesia nesta Assembleia Extraordinária visavam (a) a venda
do terreno ocupado na antiga estrada do bairro e (b) a abertura da travessa de Souto Covo.
O PS apresentou declarações de voto devidamente fundamentadas justificando a sua votação
– que disponibilizará às pessoas interessadas e serão publicadas via internet – não
podendo deixar de informar que (a) a Junta optou pela resolução mais fácil, vendendo o terreno
ocupado e (b) não é compreensível que a justificação para a urgência e ilegalidade de
uma obra seja a possível mudança de palavra dos proprietários dos terrenos, como se estes
não fossem pessoas idóneas e de palavra.
(3) No dia 28 de Setembro de 2011, a Junta de Freguesia publicou duas “notícias” no site
oficial acusando novamente o PS de tomadas de posição sem fundamento.
Na “notícia” referente ao voto do PS em que não aprova o alargamento da rua do Quintório
porque considera a despesa “excessiva para uma obra que pouco mais beneficia do que os
proprietários confrontantes” a Junta afirma que “se todos aqueles que nos antecederam partilhassem
das mesmas opiniões (do PS) provavelmente seriamos ainda uma freguesia de
carreiros”.
O PS não votou a favor porque considera que “gastar” 8500 euros numa rua que serve apenas
de acesso a terrenos agrícolas nunca deveria ser prioridade quando há ruas que servem
diariamente habitações e permanecem sem pavimento.
[8500 euros foi o valor investido na rua do Quintório, para acesso apenas
a terrenos agrícolas, não sendo utilizada pela grande parte da população]
De facto, é com investimento que se evolui, mas o investimento deve ser ponderado. Não
podemos esquecer que a Junta de Freguesia “gastou” 25 mil euros (dinheiro da Junta) na
rua dos Azevinhos porque em plena campanha eleitoral a anterior câmara “rasgou” o terreno
e ficou um lamaçal. A obra teria que ser realizada e financiada directamente pela Refer.
Na outra “notícia” publicada no mesmo dia, a Junta condena o PS por não votar a favor de
obras na escola afirmando que “caso o PS fosse nesta altura órgão executivo qualquer
melhoramento na escola EB1 estaria fora de questão”.
Para o PS esta afirmação não faz qualquer sentido porque este não foi um melhoramento
qualquer, pois tratou-se do acabamento de uma sala que nunca havia sido finalizada por
nunca ter sido necessária.
Se ao fim de todos estes anos em que a escola existe não foi concluída esta sala, que sentido
faz utilizar verbas da Junta na finalização da mesma exactamente no ano em que foi
aprovada a transformação da escola em centro escolar, que implica a realização de obras
por parte do Ministério da Educação e financiadas pelo QREN?!
O PS não pode deixar passar esta oportunidade de esclarecer a população que, em Assembleia
Municipal, o actual Presidente da Junta de Freguesia votou contra a Carta Educativa
que previa a construção do Centro Escolar nesta freguesia de Cambeses, ou seja, pelo seu
voto, as crianças de Cambeses iriam frequentar escolas vizinhas.
(4) Finalmente a questão do horário do cemitério.
Quando foi decidido criar um horário de abertura e encerramento do cemitério a Junta de
Freguesia publicou (em 27/3/2010) que “será criado um horário de acesso público ao cemitério
(numa primeira fase experimental e reajustável às necessidades da população)”.
No ano passado (2010) aconteceu exactamente o mesmo problema deste ano e a Junta
encerrou excepcionalmente, aos sábados, no mês de Outubro, o cemitério às 19 horas devido
ao horário da Missa.
Apesar do problema se repetir este ano, nem assim a Junta reajustou o horário, como inicialmente
indicou, criando os problemas que criou, que resultaram em pessoas terem ficado
fechadas dentro do cemitério na hora da Missa.

[25 mil euros foi o valor investido na rua dos Azevinhos. Esta rua resultou
das obras da Refer e teria que ser realizada e financiada pela Refer]
Ao Jornal Barcelos Popular o Presidente da Junta diz que “nunca ninguém lhe pediu formalmente
para que o horário fosse alterado”. Esquece que o horário do cemitério é da exclusiva
responsabilidade da Junta e não havia necessidade de qualquer pedido formal, pois os
pedidos informais eram já muitos.
De qualquer forma, o Partido Socialista vai apresentar uma proposta em Assembleia de Freguesia
para que seja alterado o horário de encerramento, de forma a manter o horário de
verão até ao dia 2 de Novembro, inclusive.
Ao Jornal Barcelos Popular o Presidente da Junta admite que “o tesoureiro abria a porta
para deixar sair as últimas pessoas porque habitualmente levava a filha à catequese” o que
facilitou a permanência para além da hora do encerramento.
Não se trata, portanto, de uma permanência voluntária propositadamente para protestar,
nem de uma manifestação política como alegou.
É compreensível que uma pessoa fique impaciente por saber que familiares seus ficaram
fechados num cemitério e que tudo faça para os retirar, principalmente quando sabe que
alguém tem a chave mas que por “questões políticas” não abre a porta.
Daí nasce a alegada “ameaça de agressão” que a Junta, através do comunicado publicado
no site “prefere chamar-lhe provocação”, mas que “vem disposto a tudo, inclusive a agredir”,
apesar de não ter havido agressão nem oposição à mesma… Se ninguém impediu a agressão
nem houve agressão, como se pode concluir que havia intenção de agredir?!
De facto a lição de que “a ambição desmedida e o ódio traduzem-se em cegueira que nos
leva a praticar actos nos quais não nos revemos em momentos de lucidez” fica para a história,
mas não fica pelos acontecimentos em si, fica antes pela descrição publicada dos mesmos.
Curiosamente na mesma descrição é escrito que a ““junta de freguesia agradece” a atitude
de prudência do sr. Tesoureiro”. - Considerando que o Tesoureiro é parte integrante da Junta
de Freguesia depreende-se que está publicamente a agradecer a si próprio… Ou então,
melhor se entendem as palavras do mesmo ao dizer que “abria a porta mas ia ter problemas”,
porque eventualmente não fará parte da Junta e teve que “pedir” (ver jornal) para
abrir.
Tudo isto é lamentável numa freguesia onde todos se conhecem e onde todos deviam colaborar
para resolver os problemas e evoluir saudavelmente.
O Partido Socialista aproveita para antecipar votos de uma quadra de Natal feliz, apesar das
dificuldades (acrescidas com o actual Governo PSD), e informa que a partir desta data passará
a disponibilizar à população via internet* toda a informação que considerar útil.
Saudações Socialistas
Cambeses, 6 de Novembro de 2011
A Secção de Cambeses do Partido Socialista
* informação pública em http://ps-cambeses.blogspot.com/
* informação privada para militantes via ps.cambeses@gmail.com